7 vezes em que a Terceira Guerra Mundial quase aconteceu

A guerra sempre foi uma constante na história do ser humano. Parece que sempre estivemos em conflito uns contra os outros, brigando por qualquer coisa que achemos que seja nossa por direito. E por pior que elas possam parecer, sempre fica a sensação de que não conseguimos imaginar o quão devastadoras elas são na verdade. Às vezes uma guerra pode ser tão horrível que até certas armas são proibidas. E quem acha que os conflitos humanos desse nível estão acabados, é porque não tem acesso aos jornais. Hoje, praticamente todo o Oriente Médio vive grandes batalhas.
Mas um dos consensos entre grande parte da sociedade ocidental, é que a Segunda Guerra Mundial foi a pior que o ser humano já realizou e viveu. Entre 1939 a 1945, as alianças militares denominadas a Aliança e Eixo guerrearam por sede de poder. Os campos de concentração e as bombas atômicas são as lembranças mais fortes desse momento de desespero humano.  Talvez seja por isso que o ser humano tenha tanto medo de uma Terceira Guerra Mundial, que realmente poderia dizimar o mundo. Mas será que você sabia que nós já passamos perto de um evento desse porte algumas vezes? Listamos 7 vezes em que a humanidade passou perto de uma Terceira Guerra Mundial.

1 - Em 1983, na Guerra Fria


Na década de 1980, Stanislav Petrov era responsável por descrever qualquer possibilidade ou ameaça de ataque dos Estados Unidos à União Soviética. Em 1983, ele estava de plantão quando recebeu o alerta de que os Estados Unidos estavam prestes a atacar o país socialista com mísseis. Seu emprego basicamente o obrigava a relatar a informação. Porém, ao relatar ele com certeza estaria decretando o fim da Guerra Fria e o início da Terceira Guerra Mundial.  Essa situação deixaria qualquer homem bastante tenso e amedrontado. Petrov estava considerando que o alerta era falso. Mesmo com grandes chances de estar errado, reportou que o ataque dos Estados Unidos não era verdadeiro.
Acontece que Petrov estava certo, e realmente foi uma falha do maquinário. Se ele tivesse considerado real e reportado o ataque, mesmo sendo identificado como falso depois, ele provavelmente teria dado início a maior guerra que o mundo iria presenciar.

2 - Em 1962, na Crise dos Mísseis de Cuba


Durante a Crise dos Mísseis de Cuba, o conflito entre os EUA e a União Soviética quase deram início a Terceira Guerra Mundial. Segundo um veterano de guerra dos Estados Unidos, na madrugada de 28 de outubro de 1962, quase aconteceu o estopim. Nesse dia uma base aérea secreta recebeu ordens muito específicas: deveriam ser lançados 32 mísseis nucleares de Okinawa (cada um com uma potência 70 vezes maior que a bomba de Hiroshima) em direção às cidades de Pequim (China), Hanói (Vietnã), Pyongyang (Coreia do Norte) e Vladivostok (Rússia). William Basset, o soldado em questão, decidiu desobedecer a ordem e acabou mudando completamente o curso da história.
Mesmo sofrendo grandes riscos ao tomar tal decisão, ele decidiu que não poderia soltar esses mísseis e levar o mundo à ruína. Então ele fingiu que não havia recebido a mensagem, e ameaçou de morte seu companheiro para que os mísseis não fossem lançados. Quando seus superiores entraram em contato novamente era para abortar a missão. Se ele tivesse cumprido a primeira ordem, a Terceira Guerra Mundial com certeza teria acontecido.

3 - Em 1995, por um engano na Rússia


Em 1995, o então presidente da Rússia, Boris Iéltsin (da foto acima, ao lado de Bill Clinton), foi acordado com a informação de que um míssil foi liberado pelos Estados Unidos e estava indo em direção à Rússia. Toda a circunstância dava a entender que os Estados Unidos estavam atacando a Rússia de surpresa. Isso poderia ter iniciado uma terceira Guerra Mundial que teria levado ao fim do mundo, literalmente. Isso porque as bombas atômicas disponíveis na época já eram 8 mil vezes superiores às liberadas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, na Segunda Guerra Mundial.
A sorte é que tudo não passou de um mal entendido. O que foi identificado como um míssil pela Rússia, era na verdade um foguete lançado pelos EUA para o espaço, que passou perto do território russo, com o objetivo de realizar estudos científicos. Ainda bem que não deu tempo de ninguém atacar.

4 - Em 1979, por uma simulação de um computador


Em 1979, programadores do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) rodaram acidentalmente um programa que simulava um ataque soviético. Isso levou Zbigniew Brzezinski, conselheiro da Segurança Nacional do presidente dos EUA da época,  Jimmy Carter, ser avisado de que o território estava recebendo um ataque de 250 mísseis da União Soviética. A informação era de que em meia hora os mísseis chegariam ao solo da região. O conselheiro precisava acordar o presidente para avisá-lo, mas algo o dizia que se tratava de mais um alarme falso. Não deu outra. Logo ele recebeu uma ligação avisando que um programa de computador havia simulado um ataque nuclear comandado pela União Soviética. Assustadoramente, o NORAD e todos os que estavam conectados à rede acreditaram que a simulação havia sido um ataque real.

5 - Em 1961, com um submarino


Em 4 de julho de 1961, o mundo esteve perto de assistir o início de mais uma grande guerra. Isso porque o primeiro submarino subatômico da união Soviética, o K-19, sofreu uma avaria, ou seja, entrou em pane. Ela começou por causa de uma falha na construção do submarino. Os EUA tinham acabado de lançar o submarino atômico George Washington, e a URSS não podia ficar atrás. A resposta foi o K-19, um embarcação de 114 metros de comprimento, capaz de submergir a 300 metros de profundidade e que levava três mísseis balísticos nucleares de 1,4 megaton cada um.
A questão é que se nessa pane a bomba atômica falhasse e explodisse, com certeza os EUA interpretariam como um ataque ou ameaça direta, e lá íamos nós outra vez guerrear.

6 - Em 1980, por uma falha técnica


Na Guerra Fria, os ânimos dos EUA e da União Soviética estavam instáveis. Qualquer coisinha era motivo para brigas e ameaças. Nesse cenário, os EUA recebem sinais equivocados de ataque de míssil da URSS devido à falha técnica de computadores. Um programa de computador, semelhante ao da NORAD, já citado anteriormente nessa matéria, apresentou informações do lançamento de 2 mil mísseis soviéticos contra os Estados Unidos. O número surgiu depois que um mostrador, que habitualmente mostrava "0000", passou a mostrar "0200" e, então, "2000". Os bombardeiros já estavam preparados quando o alarme falso foi rapidamente identificado e, mais uma vez, um ataque norte americano motivado por uma falha foi impedido a tempo, antes do fim do mundo.

7 - Em 1966, no Incidente de Palomares


Algumas situações são um risco desnecessário, como o incidente na costa espanhola em 1966, conhecido como o Incidente de Palomares. Um bombardeiro americano B-52 sobrevoava no limite do espaço aéreo soviético, quando começou um reabastecimento aéreo através de outra aeronave. Só que alguma coisa deu errado e o avião que estava fornecendo combustível em pleno ar bateu no bombardeiro, e imediatamente os dois começaram a cair. Só mais um detalhe importante: o B-52 carregava quatro bombas de hidrogênio. Três delas caíram em um vilarejo na região de Andaluzia, com duas delas tendo provocado pequenas explosões - sem nenhuma reação nuclear, porém, espalhando plutônio radioativo no local.
Se uma explosão nuclear tivesse ocorrido, A URSS poderia ter interpretado como ataque e a Terceira Guerra Mundial estava armada.


Fonte: Fatos Desconhecidos
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